terça-feira, agosto 27, 2013

1 ano e 7 meses

Um ano e sete meses já se passaram e não há dúvidas que você sabe se fazer entender. Virou praticamente um papagaio e tudo o que a gente fala você repete, do seu jeito, mas repete. Todas as pessoas que te encontram percebem isso e comentam que você "fala" bastante e que é fácil entender o que você quer. Quem mandou nascer numa família de tagarelas?

O mais engraçado é que você lembra das coisas que já aconteceram. Outro dia foi com seu pai cortar cabelo (um drama, segundo ele). Mamãe chegou em casa e perguntou se você tinha cortado o cabelo. Você respondeu: titio (que deve ser o barbeiro), papai (que te levou para cortar o cabelo)! ahahahahha

Mamãe chega em casa e pergunta do que você brincou com a "tia" (sua babá) e você diz: carrão, "aeia" (na areia da praia), gooolll! Ou seja, você passeou de carrão, brincou na areia e jogou futebol. Fala a verdade se não é uma fofura?

Espertinho que só, quando bate alguma parte do corto vem correndo e dizendo "caiu" e pede beijo. Adora dar beijos na gente, faz isso sem pedir. Anda malandrinho. É só sentar na cadeirinha do carro que fala "petado" (apertado) tentando nos sensibilizar e tirar você de lá. ehehehehh

Diverte-se muito com  brincar de "Cadê". Basta alguém ficar perguntando "cadê" alguma coisa (a tartaruga da parede, o dinossauro do quadrinho, alguém dentro de casa) que você sai correndo e apontando e falando "caqui"...

Por falar em futebol, todo mundo sabe que você adora jogar bola. Aqui em casa temos bolas de futebol (umas 3), basquete (duas, sendo uma de criança) e tênis. Você sabe qual é cada uma e sabe como joga. Outro dia estava treinando com a mamãe jogar tênis com sua raquete (seu pai comprou na viagem uma raquete da Wilson que tem o desenho do Bob Esponja) e acerta a bola direitinho. Também não sei como aprendeu (se foi a babá ou vendo TV), mas segura as mãos como se fosse receber a bola de machete e "joga volei". Pelo menos vai gostar bastante de esportes.

Nesse mês que passou três novos dentes deram as caras, com direito a muito mau humor e falta de apetite. Agora você tem os quatro dentinhos em cima, dois e meio em baixo e dois molares nascendo em cima. Como a dentição toda só fica completa (para crianças) até os três anos, teremos outros dias de sofrimento, pelo jeito. E pensar que o povo diz que a gengiva coça. Deve doer, isso sim. Não tem explicação para tanto mau humor e choro juntos.

Você esteve resfriado e nossas noites estiveram um pouco atribuladas. Chegou a ir ao médico, mas nenhuma complicação foi detectada (pais escaldados têm medo de água fria), então ficou só na inalação e no sorine. O problema é que o tempo está muito louco e o calor e o frio se alternam muito. Nos dias frios, você fica preso em casa, já que aqui venta muito e logo fica entediado. Esse é o problema de morar em apartamento.

O Ipad já é seu. Ninguém consegue usar quando você está por perto e o pior é que faz tudo sozinho. Às vezes deletas uns aplicativos, mas no geral só mexe nos jogos (mamãe instalou um bichinho virtual - Pou - e você adora dar comida, banho e jogar bola "com ele") e nas músicas. Outro dia eu estava no computador ("tador") e você ficava passando o dedo na tela, tentando mudar! ahahahhaha Conflitos de tecnologias...

Estivemos em São Paulo em um aniversário e você viu a Galinha Pintadinha ao vivo. Por sinal, uma fantasia perfeita. Adorou, mas com uma certa distância. Mandava beijos, chamava ("xém"), mas se ela vinha, você saía correndo. Depois estivemos na casa do vovô e você já chegou perguntando da "Cucuca", "Zé", "piiongo" (Tio Roberto adora matar eles com a raquete elétrica) e do Vovê Chéo. Brinca com todos e vai no colo de todos, como se os tivesse visto no dia anterior.

Comer ainda é um certo problema, porque tem dias que comida de verdade você não quer. Ainda estamos apelando para a Nestlè muitas vezes. No mais, come frutas (orgulho da mamãe come morangos sem precisar adoçar, ao contrário da priminha que os afoga em leite condensado e açúcar) e não deixa nenhuma mexerica impune. Como já disse uma vez, não somos paranoicos com a alimentação, então se tiver com vontade de experimentar, come o da gente também. Por incrível que pareça, adora risoto de gorgonzola e azeitonas. Pede pedaços de "pipis" (pizza). Um dia, espero, começará a comer melhor o almoço.

Não teve consulta médica de rotina, então a altura e o peso são aproximados, mas você continua seguindo seu ritmo. Como não é gordinho (apesar das bochechas), e usa roupinhas de homenzinho, parece mais alto.

Um beijo gigante e cheio de amor.



sexta-feira, agosto 16, 2013

Babá ou escolinha?

Tá aí talvez uma das maiores polêmicas da maternidade, tal como parto normal ou cesária, por exemplo. Existem radicais de todos os lados e nós, mães "normais", no meio do fogo cruzado!

Desde que fiquei grávida nunca pensei na opção "babá". Primeiro porque eu iria mesmo ficar de licença por 6 meses e queria eu mesma cuidar do meu filho. NÃO foi fácil. Quem já teve a oportunidade de ler os posts sobre as noites (muito) mal dormidas que tive ao longo de um ano e quatro meses sabe do que eu estou falando.

Mas eu tinha na época, e ainda tenho, a convicção de que nós temos que estar próximos dos nossos filhos, pelo menos enquanto ainda estamos de licença. Afinal, para eles, nós somos seu porto seguro. Simples. Cheguei a ser levemente pressionada para pelo menos ter alguém olhando ele nos fins de semana para eu ir no cabelereiro (kkkkkkkkkkkkkkkk). Como se isso fizesse parte da minha rotina alguma vez na vida! Recusei solenemente.

Mas quando voltei a trabalhar, também não cogitei ter uma babá. Primeiro porque meu marido poderia dar uma bela "mão" em tudo. Eu não sou daquelas mães que acham que o marido/pai é um ser fora da realidade materna, pelo contrário. Aqui ele sempre fez e faz tudo. Deu banho, deu mamá, fez dormir, só ele fazia arrotar, sai para passear sozinho... Então, com a volta ao batente, ficou com ele o "encargo" de cuidar do pequeno durante as tardes. Quando o filhote completou 8 meses, foi matriculado na escolinha.

Confesso que não fiz qualquer pequisa. Tenho um colega de trabalho com um filho da mesma idade e que a esposa, bem mais neurótica e natureba que eu, já tinha visitado todas as poucas boas escolas da cidade e escolhido uma. Fomos lá, gostamos, e fizemos a matrícula.

Coisa mais linda o pequeno de uniforme. Eram 6 bebês, quase todos sem andar, na salinha, toda acolchoada, cheia de brinquedos. Tinha parquinho, jardim, bichinhos... tudo lindo até a primeira pneumonia em pleno verão e uma internação hospitalar de 3 dias.

E aí começou a saga dos problemas respiratórios recorrentes e das outras 5 pneumonias. Bastava um coleguinha aparecer doente, que o porqueira ficava também, mas elevado à décima potência. Por quê? Só Deus sabe. Temos histórico de problemas pulmonares/respiratórios na família, inclusive eu tive crises de bronquite até sair da faculdade. Poderia ser isso. Mas talvez a falta do leite materno nos primeiros meses tenha também contribuído para a baixa imunidade.

Então, diferentemente de outras famílias que, pelos mais variados motivos não deixavam de levar seus filhos doentes à escola, contribuindo assim para a disseminação e contaminação interminável de vírus, nós nos "virávamos nos trinta" para ficar com o filhote em casa, descansando. Noites e noites de inalação, antibióticos (dos mais comuns até os que nunca tinha ouvido falar), corticóides... Foi assim até abril.

Viajamos para a Disney e o porqueira ficou lá 20 dias sem nem espirrar. Isso porque estava em contato direto com milhares de pessoas desconhecidas, com seus vírus e tudo, achamos que tinha passado. Ele já estava "grande". Voltamos de férias e já na primeira semana de escola, outra pneumonia. Poxa! Assim não estava dando.

Ele sofria, nós sofríamos, sem contar que a escola estava sendo religiosamente paga, mesmo sem ele ir. E assim começou a surgir a palavra "babá" em casa. Primeiro minha mãe, depois minha tia, seguidas do meu marido. E eu? Relutante. Confesso que não queria privá-lo do convívio com outras crianças (apesar de que ele estava mais ausente que presente) e não queria uma pessoa dentro de casa somente para "olhar" meu filho. Trabalho com direito penal e sei muito bem do que as pessoas são capazes. Coisa meio paranoica, eu sei.

Na escola, por piorzinha que seja (e isso não era o caso daquela), a criança tem estímulos bons. Não digo que é ensino, porque não tem cobrança por resultados, né? Mas é aprendizado, desenvolvimento motor, psíquico... Sem contar que tem outras pessoas olhando. A change de "algo dar errado ou estar errado" é menor.

E eu enrolei essa história por longos 2 meses. Até que decidimos que, com a chegada do inverno, ele não voltaria para a escola. E agora? Onde achar uma "babá" nesta cidade? Onde eu teria referências? Acabamos tendo a indicação de duas, sendo que uma delas, a primeira contatada e a mais velha, não deu as caras no dia da "entrevista". Compromisso para quê, gente!

A outra, da minha idade, por sinal, veio e logo já estava trabalhando. Tive sorte, essa é a palavra, por ser uma moça que tinha uma pequena experiência no assunto, já que trabalhou em creche municipal, como "monitora", por 3 anos. Então, o mínimo ela sabe. Além disso é uma pessoa muito calma, fala baixo, tem uma paciência gigante, brinca bastante e o melhor, ajuda no desenvolvimento do lindão. É um tal de giz de cera (alguns desenhos escondidos na parede de casa...), massinhas, futebol no campinho. Moramos em frente a praia e todos os dias o porqueira fica mais de uma hora brincando na areia. Chega em casa mais empanado que croquete.

Mas algumas coisas não mudaram. Ela só vem durante a semana, já que fim de semana ninguém aqui trabalha e não precisa de babá. Vai embora no final da tarde, quando o marido chega em casa. É responsabilidade dele dar o outro banho, o jantar e ficar com o pequeno até eu chegar. E assim ele fica comigo até a hora de dormir.

Para nós, neste momento, foi a melhor opção. Não condeno as outras mães que tem babás mesmo sem trabalhar, porque só a gente sabe onde o calo aperta. Mas eu não queria alguém que fosse minha substituta, mas sim meu auxílio. Morei em uma cidade onde as babás iam para o clube do condomínio, nos fins de semana, com os pais e o bebê, e entravam de roupa na piscina, pois não podiam por maiô (sabe se lá porque), para brincar com as crianças enquanto os pais conversavam animadamente, sem nem interagir com o próprio filho. Não acho isso certo, sinceramente.

O tempo passa tão rápido, nós somos tão absorvidos pelo trabalho, que, infelizmente, num piscar de olhos eles crescem e saem de casa (#dramaqueen). Ajuda nunca é demais, ter aquelas horinhas só para você, é algo de incrível. Mas acho que relegar a outro todos os momentos do seu filho é triste. O importante é o equilíbrio e isso varia conforme a família, né?

sexta-feira, agosto 09, 2013

Disney com um bebê - o vôo

Como eu havia dito, nós aproveitamos as centenas de milhas que tínhamos para emitir nossas passagens para os EUA. 

A primeira dificuldade foi acertar as datas. Eu tenho sorte de poder tirar ferias quando quero, mas mesmo assim foi difícil combinar datas. Sem contar que as milhagens variam a cada dia! Se hoje dava para ir tal dia, amanha provavelmente não... Coisa de doido. Fica aqui a minha reclamação pública à TAM que surtou neste quesito e estava cobrando 90mil milhas uma só perna! Tem noção do que sao 90mil milhas? Dependendo do jeito que você acumulas, são 180mil reais gastos no cartão! Fica melhor comprar a passagem.

Achamos boas datas e milhas na Delta e usamos milhas Smiles. Compra super fácil, pelo site Smiles mesmo. Mas antes eu conferi as datas no site da Delta que é mais completo.

Segundo problema. Todos os vôos para Floria, da Delta, têm conexão. Até aí tudo bem, o problema foi descobrir que na volta, em NY, eram em aeroportos distintos (a gente ia pro La Guardia e vinha para o Brasil pelo JFK) e a Delta NÃO faz esse transporte! Fiquem atentos. Nada daqueles ônibus das cias. que vemos em SP...

Não tivemos problemas em reservar os acentos (afinal eu tinham comprado com antecedência). Acabei, no inicio, reservando as poltronas do meio, aquelas de 3 assentos, deixando uma vazia, na esperança de viajar mais confortáveis (dica de uma mãe viajante que eu acompanho pela net), mas quando foi chegando perto da data alguém marcou JUSTO aquele assento. Mas aí já tava tudo lotado. Liguei na Delta, disse que tinha um bebê e eles trocaram para a fileira da janela... Mas como não tinham disponível no site, acho que alguém foi desalojado. 

Eu já tinha voado de Delta uma vez para NY ( com escala em Atlanta), na época, pior companhia que voei. Nestes vôos, tudo foi normal. Não esperem nada além do que se espera num vôo que classe econômica que ninguém fica frustrado! Kkkkkk avião não é restaurante e se você quer algo diferente, ponha a mão no bolso e pague mais para ir na primeira classe, oras. 

Eu pedi a comida especial para bebê e isso deu errado. Como chegamos cedo em Guarulhos, fizemos hora na sala VIP da MasterCard e lá aproveitamos para deixar o Porqueira correndo solto e demos o jantar. Aliás, fazendo um parênteses, poderiam ter monitores com os vôos lá dentro. A gente fica meio perdido sem saber se está na hora ou não. Acabamos sendo os últimos a entrar no vôo. 

Mas como eu estava falando, pedi a comida especial e quando começaram a servir o jantar, achei que iriam trazer o do bebe. Mas nada! Tive que falar com a aeromoça, que era até gaúcha, para trazer a comida. Quando ela trouxe, ele já tinha mamado e dormido. Acabei guardando para uma emergência.

O vôo foi super tranquilo, porqueira dormiu o tempo todo e acordou já dentro do aeroporto de NY. Eu levei o sling comigo. Tá certo que ele mal cabe dentro, mas servir para acomoda-lo no meu colo, preso, a noite toda e eu ficar com os braços livres, sem medo de derrubar o lindão. 

Em NY estava um gelo! E o pior, acho que erramos a saída e acabamos os três (e mais ima família de Brasileiros) na rua, tendo que ir até o balcão da Delta (do outro lado do aeroporto) à pé e pela calcada. Sorte que o porqueira estava quentinho dentro do "saco de dormir" do carrinho. Ótima compra! Kkkkk

Ahhh apesar de não termos prioridades por lá, fomos levados para uma fila mais rápida. Bastou eu dizer que estávamos um bebe e tinha uma conexão curta. 

Vôo tranquilo para Orlando, com um viajante novamente dormindo. Chegamos por volta das 11 horas, com tempo bom para o vôo da American. Aproveitamos para deixar o porqueira correr um pouco, além de almoçar (usei a comida do avião que ela não comeu) e mandar notícias pelo wi-fi gratuito daquele aeroporto. 

Como esperado o avião da American era pequeno. Serviram bolacha (de café, credo) e bebida. Mais 1 horinha e finalmente estávamos em Miami! Kkkkk. Nunca mais tantas escalas!

Na volta, com exceção da confusão que era o guinche da American em Miami (sem contar que vc tem que ir para onde está escrito AmericanEagle e não American Airlines), tem que tirar coisas da mala por excesso de peso (eles não compensam pesos de bagagens, atenção! Nem que sejam suas!) foi tranquilo

Em NY pedirmos informações para funcionários do La Guardia e nos mostraram onde ficavam o shuttles. Escolhemos um, pagamos, 10 dólares por pessoa, e fomos para JFK. Saco foi esperar até as 11 da noite pelo vôo. Foram 7 horas no aeroporto. O porqueira nunca rolou tanto num chão. Ficou imundo. Ahhh e, por fim, fiquem atentos, lá os restaurantes que ficam na área da Delta, na maioria, fecham as 20h. Se quiser coma, senão não vai achar nem chocolate. 

Minhas impressões. Nada difícil, mas a ida foi cansativa. Lá não existe prioridade, mas os funcionários dão um jeito. Principalmente no aeroporto de Orlando (efeito Disney?). 

A segurança é padrão "mala"! Contei que um cara "foi convidado" a sair do voo brasil/eua porque não tinha bagagem nenhuma?! Sei lá o que pensaram dele. Mas todos fazem tudo com calma e ninguém implicou com as mamadeiras de água, bolachas, comidas de bebe. Saco é tirar o sapato. 

Conselho? Vc conhece seu filho melhor do que ninguém. Não adiantar querer que ele seja o que não é num dia especifico só para não passar vergonha no vôo. O porqueira dormiu o tempo quase toso, mas deu umas choradas quando era hora de comer. De madrugada, inclusive. Mas o importante é ser rápido e ter tudo à mão. Levei brinquedos mas ele gostou mesmo é de rasgar as revistas, morder o cartão de instruções e apertar a tela que vídeo. 

Acho que os vôos noturnos sao melhores porque a chance do bebe dormir é maior. Mas isso é um achismo. Não dei nada para ele dormir. Mas estava disposta a levar um dramim. Minha irmã desaconselhou (pode dar reação), chegou a dar outro remédio, mas eu não guardei o nome e não comprei. Dei sorte? Talvez...

O que eu digo com certeza. Não tenha medo de viajar, o avião não é nada de mais (jura?) e se privar de passear com medo de dar algo errado é bobeira. Todo bebe chora. Fato. Eu tb ainda fico incomodada com um choro persistente (sou mãe, mas sou humana!). Mas tirando os mal educados e plantão, ninguém vai abrir a boca para reclamar. Quase todos tem ou já tiveram filhos, né?