Há tempos estávamos (eu estava!)
planejando uma viagem para a Disney. Na verdade, desde nosso casamento, 6 anos
atrás. Mas na época não fomos por motivos diversos e o tempo foi passando, eu
passei em dois concursos, o marido trabalhava muito...
Ano passado eu pensei: não adio
mais. Quero conhecer a DisneyWorld! Rs Ir aos parques não seria novidade,
porque eu já havia estado na Califórnia e visitado os parques de lá,
coincidentemente na mesma época em que o marido foi à Orlando. Mas a gente
queria a diversão, o passeio, as compras...
Em nenhum momento pensei em
deixar o neném no Brasil. Eu não havia desapegado dele (ainda não consegui) e
nunca vi problemas em viajar com ele. Não somos de balada, apesar de gostarmos
de restaurantes, então ficar no hotel, depois de voltar dos parques não seria
problema. Mesmo porque se chega tão cansado que tudo o que se quer é banho e
cama!
O planejamento foi feito com
antecedência porque íamos usar as centenas de milhas que tínhamos e, no Brasil,
quanto mais cedo se reserva, mas barato paga. Então comecei a pesquisar as
possibilidades de voos/dias/milhagem e acabei marcando com a Delta Airlines
(usando milhas Smiles) para abril (baixa temporada no Brasil), após o Spring
Break (para não pegar parques lotados demais). Para conseguir a pontuação
mínima em cada voo tive que escolher os dias que a empresa disponibilizava.
Ainda bem que posso tirar férias quando quero.
Datas fechadas, milhas entregues
(total de 100 mil para duas pessoas, mais taxas) iríamos ficar 16 dias inteiros
em Orlando (ida no dia 01 de abril e volta dia 18 de abril). Tudo lindo se o
marido, depois de tudo arrumado, não decidisse que seria legal ir até Miami.
Até pensamos em ir de carro,
segundo relatos pela internet seriam 4 horas de estrada. Mas como os voos iam
e voltavam de Orlando (com escala em NY) achei loucura pegar um carro para ir
até Miami com um bebê, depois de um voo longo e ainda ter que voltar depois! E
deixar para fazer isso no meio de viagem seria “perder” dois dias na estrada.
Resultado, comprei passagens da American Airlines que sairiam do mesmo
aeroporto de Orlando (MCO) para Miami e depois de volta. Então a ida seria GRU-JFK-MCO-MIA
(ufa) e a volta MIA (o restante dos dias em Orlando) MCO-JFK-GRU...
Pesquisei preços de hotéis pelo
Booking, mas a agência de viagens que temos convênio dava preços melhores (e
parcelados! Ninguém gosta, né?). Também comprei no Brasil (e parcelado) os tickets dos parques
(explico mais tarde). Resultado? Quando viajamos estava tudo pago.
Para quem mora fora do Brasil ou
mora aqui, mas tem dinheiro sobrando, pode parecer loucura. Mas infelizmente
viajar daqui para qualquer lugar (exceto Argentina, já que os hermanos estão
quebrados) é caríssimo. Se não parcelar, morre com a fatura do cartão. E ainda assim, é mais barato ir para o exterior do que
passar uma semana na Costa do Sauípe. Um absurdo. Depois querem que o Brasil
atraia mais turistas. Com os preços praticados aqui?
Estava tudo certo, passagens,
hotéis, tickets, carro alugado, passaporte e vistos (filhote nem tem 1 ano de
vida e já tem visto de 10 anos! Figura.), quando o dia da viagem foi se
aproximando a pressão para não levar o bebê foi ficando insuportável.
Para ser justa, preciso
informá-los que temos um neném com problemas respiratórios recorrentes (só
neste ano foram quatro pneumonias, além de uma otite). Então, TODOS os dias
ouvíamos que era um absurdo levá-lo, que estávamos sendo levianos, que ele
poderia precisar de hospital e estaríamos longe de casa, etc. etc. etc. Chegou
ao ponto de eu não querer mais ir viajar.
Incrível como as pessoas
conseguem magoar sem necessidade. Eu, pelo menos naquele momento, não tinha
coragem de deixa-lo para trás (afinal ele só teria 1 ano de 4 meses) e não
enxergava problema em levá-lo. Não iriamos sair de noite? Mas quem disse que
queríamos? Iria ser difícil comer com calma? Mas essa é a nossa rotina diária!
Seria difícil? Talvez, mas era a NOSSA escolha.
Depois de muito bater o pé e convencer
os chatos (leia avós) que os pais éramos nós e ele iria, passei a não falar
mais sobre o assunto. Dureza.
Não vou dizer que foi moleza,
porque também estaria mentindo. Mas não foi nada difícil. Mesmo com todos
aqueles voos seguidos o Porqueira, matando de orgulho o vovô aviador, se
comportou como um lord e dormiu o tempo todo! Reclamou um pouco quando teve que
ficar sentado no nosso colo, quieto, mas depois se rendeu e dormiu em todos os
vôos.
Por isso escolhi, tanto na ida,
quanto na volta, voos noturnos. Para mim, que fiquei com ele no colo, foi mais
complicado (o marido é grande e mal cabe nas poltronas, ficar com um bebê no
colo seria maldade), mas nada impossível. Ele me incomodou menos que o cara da
poltrona do lado que dormiu com a TV e a luz de leitura ligadas #semnocao
Vou fazer posts separados para
cada coisa. Assim fica mais fácil de escrever e de ajudar.
Um comentário:
Vir, te apóio totalmente! A nossa política é JAMAIS separar a comitiva e a Heleninha vai com a gente pra todo canto! Ela sempre se diverte muito e participa de tudo. Que vocês planejem muitas viagens como essas, pois esses momentos de lazer em que ficamos 100% do tempo em família não tem preço!
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