sexta-feira, maio 30, 2008

Seguindo os passos da mamãe!

Já disse que minha mãe é a rainha do fora? Não? Pois é! Mas vou contar um fora meu mesmo, digno da mamãe...

Na última vez que viajei com minha mãe, fomos para Paris. Mammy durante surto de tédio decidiu que queria ir para Paris na semana seguinte. Eu que não tinha nada mais interessante para fazer topei na hora.

Liguei para a CVC e marquei a viagem (vôo + hotel, já que a gente gosta mesmo é de fazer tudo sozinhas). Malas prontas, vôo da TAM sossegado, chegamos em Paris de manhã cedinho. Resolvemos ir de trem ao hotel, já que não pagamos traslado.

Ao chegar no hotel, o primeiro baque. Não poderia ser aquele. Era horrível. Confirmos o endereço. Era ele mesmo. Fazer o que? Vai ver que era só assim do lado de fora.

Entramos. Era muito pior! Conversamos brevemente com duas senhoras portuguesas na recepção. Elas confirmaram a enganação. Ficamos desesperadas. Falei para a atendente que não ia fazer o check-in e que iria contatar meu receptivo. A gente não ia dormir naquela pocilga "nem que a vaca tussa". Liguei para o receptivo. A mulher disse que EU era louca. Que o hotel era ótimo, blá-blá-blá; Resolvi ligar para a CVC no Brasil. Disseram que iriam resolver em instantes.

De repente a mocinha me avisa que havia um Sr. Pierre no telefone querendo falar comigo. Peguei o telefone e o cara falou em inglês: "Boa tarde, Virgínia. Tudo certo?" Pronto, foi a deixa para eu começar a descer a lenha. Disse que o hotel era horrível; que aquilo no Brasil se chamava pensão e olhe lá; que não cabia a gente no elevador de tão pequeno; que era um absurdo, eu tinha pagado uma fortuna, etc... Emendando uma frase na outra, eu ia despejando minha raiva. Ameacei de processo e o escambau.

O pobre nem tinha tempo de replicar. Ele só dizia: "Me desculpe. Mas não posso fazer nada! Eu não tenho como tirar vocês daí agora. Vocês tem que esperar até amanhã, pelo menos". Cada vez que ele repetia isso, mais minha raiva aumentava, mais eu xingava.

De repente caiu minha ficha... "Por favor, você pode repetir seu nome?" Ele disse: "Pierre, amigo da fulana!". Essa fulana é amiga da minha mãe. O coitado tinha sido informado por ela que estaríamos lá e nos ligou para dar boas vindas e nos ciceroniar pela cidade!

Eu queria desligar o telefone de tanta vergonha! Perdi a voz. Não sabia nem o que dizer. Eu tinha falado os maiores absurdos para um cara que nem me conhecia e só queria levar a gente para um passeio!!!!

Tive que me recompor e pedir desculpas. Ele entendeu (pelo menos disse que sim), tanto que nos encontrou alguns dias depois e até me mandou presente de casamento... mas garanto que até hoje eu devo ser tema de rodas na Universidade de Paris: A brasileira louca!

4 comentários:

Re disse...

Hahaha, que hilario. Tb ja tive minhas fases assim, mas te digo, nossa amiga Karina eh a rainha das perolas, rs.

Unknown disse...

Não acredito, a Karina? Com aquele jeito de mulher séria?? ehehehheeh Bjss

Adriana de Albuquerque Mello disse...

Virgínia, estou morrendo de rir! Td bem, todo mundo já passou por isso.
Beijos

Unknown disse...

Dri: Todo mundo mesmo! Mas do jeito que eu vou, logo, logo supero minha mãe! ehuadhuahdu Beijoss