sábado, agosto 21, 2010

Aguenta coração

Eu estou aqui assistindo à "tortura política" de cada dia, enquanto a novela não começa.

Hoje é dia dos canditados à presidência, então não tem muita graça. Afinal, as figuras mais engraçadas que aparecem na TV estão buscando "cargos menores", por assim dizer (pausa para um desabafo: que país pode ser levado à sério com candidatos do porte do Tiririca, Mulher Pera, Netinho de Paula... isso só para citar os conhecidos!).

Mas tem uma coisa que me deixa intrigada. Qual o partido ou candidato acredita que falar coisas como "sempre lutou contra os partidos de direita", "contra burguês, vote 16", "vamos fazer a reforma agrária, acabar com os grande latifundiários e outros safados em geral", "vamos honrar a cadeira do Carlos Larceda" traz votos suficientes para ganhar alguma coisa?

Será que a pessoa acredita nisso que ela fala? Será que essas pessoas também não fazem parte da burguesia que eles tanto condenam? Ou são todos camponeses, que vivem do que plantam, em um sistema comunitário? Aliás, o que é essa burguesia? Somos nós, classe média? Ou os empresários? Ser empresário é crime? Afinal, quem gera emprego nesse país?

Confesso que fico confusa com tudo isso...

2 comentários:

J.F. disse...

Oi, Virginia.
A diferença entre os candidatos a cargos maiores e os candidatos a cargos menores é a existência dos marqueteiros. Os pequenos não têm. E, aí, vira "programa cômico", absolutamente maluco. Não é possível que acreditem no que estão dizendo. Apenas lutam por um emprego de quatro anos. Quanto aos candidatos a cargos mais expressivos, a campanha fica por conta dos marqueteiros. Aí, os candidatos e campanhas são maquiados, cada um só diz e faz o que o marqueteiro manda, não importando nada o que pensam. E nós ficamos sem saber as "verdades" do candidato, os seus programas, suas verdadeiras idéias e intenções. É nisto que se transformou campanha política no Brasil. Essa perda de tempo com programa político só é boa para as emissoras de TV que recebem uma "grana" altíssima para veicular isso (dinheiro dos nossos impostos), sem precisar se preocupar com custos de produção dos programas.
Abração.

J.F. disse...

Oi, Virgínia.
Só complementando o e-mail anterior:
E ainda corremos o risco de, se falarmos mal de algum candidato, termos de lhe dar o "direito de resposta" nos nossos blogs. Já pensou?
Abração.