terça-feira, janeiro 27, 2009

Triller


Parece até filme de terror. Navios aparentemente inofensivos, circulando pela costa do país. Neles, passageiros sorridentes loucos para aproveitar as férias embarcam sem ter noção do que os espera.

O take é cortado para outra cena. Já está escuro e aparentemente nada de estranho está acontecendo. Mas quando mesmo se espera, alguém começa a passar mal. Vai ao ambulatório médico e ali, na porta, descobre que tem que pagar para ser atendido. Sim, a caipirinha é de graça, mas o médico nunca! O desespero aumenta, mas a auxiliar é irredutível. Ou paga, ou vai morrer ali mesmo.

O passageiro desesperado corre para sua cabine em busca de dinheiro. É inútil tentar encontrar algum parente dentro daquele monstro imenso. Ele está suando, o mal estar está cada vez maior. Mas mesmo assim, só é atendido depois de entregar os dólares e assinar o recibo.

Quando ele acha que tudo vai dar certo, se depara com o médico. Um estrangeiro! Porque não basta pagar tudo em dólar, tem que ser atendido por um "cucaracha" qualquer que nem entende o português.

No final, é medicado. Mas não dá certo. Ele continua passando mal. E o fim é o de todo filme de terror. Que assim como comédias românticas com finais previsíveis, todos sabemos como vai ser a cena derradeira.

Pode parecer brincadeira, mas desde que o verão começou todos os dias o jornal traz notas tristes sobre cruzeiros. Mortes, intoxicação alimentar, acidentes, abuso de bebida e drogas (em cruzeiros estudantis!). Onde estão os orgãos da Polícia Federal e a Vigilância Sanitária para resolver isso? Vão esperar morrer mais quantos para dar fim nessa pouca vergonha? Só no Brasil mesmo...

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