quarta-feira, junho 03, 2009

Maceió by Virgínia Tour

Se você tem arrepios só de pensar naquele ônibus amarelo da CVC parado na porta do seu hotel às 7 da manhã pronto para começar o passeio, pense seriamente em alugar um carro. Nesses 5 dias de viagem rodamos nada mais, nada menos que 1000km!! Ou seja, nada fica perto de Maceió.

No entanto, se seu companheiro(a) de viagem não gosta de dirigir, ou vocês não costumam trocar de piloto ou ainda se os dois bebem, ficar numa excursão pode ser uma boa pedida. Ou seja, tudo vai depender do perfil dos viajantes.

Nesse roteiro de 5 dias, procurei cobrir os pontos principais do litoral, lembrando que em Maceió mesmo não tem muita coisa a ser vista. Já que iamos passear bastante, escolhemos ficar no Ibis (hotel limpo, bem localizado, mas sem lazer algum), não teria sentido pagar por um resort que não seria usado.

Na sexta, aproveitando a maré baixa, o objetivo era ir até Maragogi. Mas fomos supreendidos por um protesto que havia bloqueado a única estrada costeira. Tivemos que mudar os planos e partimos para as prais do sul.
Protesto que durou 5 horas

Primeira parada: Praia do Francês. Se você gosta de ser atacad por"guias turisticos" correndo atrás do seu carro, muita farofa e música alta, esse é o lugar. Nós nem desligamos o carro. O mesmo aconteceu na Barra de São Miguel.

Acabamos chegando ao mirante do Gunga e, depois de umas fotos, entramos dentro da fazenda (acho que de propriedade da Sococo) que dá acesso à praia. Fácil demais. Nenhum guia era necessário. Barraca boa, pouca gente e boa música tocando. À noite jantamos no Massarela. Deu para perceber que não é um restaurante pega-turista. Risoto ótimo.
Vista da praia, lá de cima do Mirante...

No sábado voltamos à estrada para Maragogi. Não é longe, mas não é perto. 120km de puro canavial (aliás, só deve haver cana-de-açúcar em Alagoas). A cidade em si é sem graça, não ficaria lá nunca (só se fosse para 'spaiar' num resort). Chegamos cedo e tivemos que esperar a maré baixa para fazer o passeio de catamarã até às galés. Recomendo o Restaurante Costa dos Corais (têm catamarã próprio e o melhor, nem precisa dar ouvidos aos "guias" que chegam a te perseguir de moto!). A volta foi cansativa por causa da chuva. Nem saímos mais.
Eita lugar bonito!Galés de Maragogi

Domingo voltamos a seguir para o sul. Queríamos chegar à foz do Rio São Francisco. Num descuido (atenção, você está no NE e aqui placa de sinalização é raro), passamos a entrada da estrada estadual(AL-101). Rodamos quase 80km a mais na BR-101 (coincidência com os nomes). Graças a Deus e ao GPS do celular, percebemos o erro e conseguimos achar o rumo certo, antes de ir dar com os costados na Bahia! adhuahuaduahdu

Passamos por Penedo (conhecida como a Ouro Preto do nordeste). Uma graça de cidade! E depois fomos para Piaçabuçu de onde partem os barquinhos para chegar até a foz do Rio São Francisco. Passeio bonito, mas o barco é demorado. Se não levar uma matulinha, melhor comer antes (não chega a ser algo que dê enjoo; pode almoçar sem medo).
Exemplo de arquitetura de Penedo
Barquinho (existem passeios mais rapidos, mas não confiei em entrar numa "voadeira")


A volta foi tensa. Estava chovendo demais e a gasolina estava no fim. Marcamos bobeira. Por fim, conseguimos abastecer em Coruripe. Anda bem. Depois foram 84km até Maceió sem NENHUM posto para contar a história. Fiquem atentos, isso é comum por aqui!

Chegamos morrendo de fome. Queríamos ir até o Wanchako (melhor restaurante peruano do Brasil!). Mas novamente esquecemos que estamos no NE! O que não estava fechado, estava fechando. Horário limite? 9h30, 10h00 da noite! HUAHDUAHUDAHUD Paramos num bar chamado Alagoana. Boa supresa! Recomendo.

Na segunda, a ordem era acordar um pouco mais tarde e relaxar. Acabamos escolhendo ficar na barraca Hibiscus, na praia Ipioca. Maravilhosa. E o melhor, nada de Calcinha Preta no som! Alívio para nossos ouvidos sulitas encontrar uma barraca que não toque forró no último volume o dia todo! De noite, conseguimos jantar no peruano. O marido quase chorou quando viu no cardápio o Pisco Sour. Valhe a pena!

Em todo lugar tem passeio para ver os corais

Na terça a gente estava só no bagaço, mas queríamos aproveitar o sol que resolveu dar as caras. Fomos conhecer a Praia do Carro Quebrado. Preferimos ir de Toyota Bandeirante do restaurante Estrela Azul. Foi a melhor opção! A estrada estava impraticável (apesar de um carro sem tração chegar sem problemas, com essa chuvarada o atoleiro era enorme). Praia bonita (tem falésias como aqui no CE e areias coloridas e garrafinhas... deve ser uma máfia das garrafinhas instalada no NE todo), mar lindo! Jantamos num restaurante japonês (Ine, se não me engano) e fomos dormir.



Como fomos viajar aproveitando a milhagem tivemos que ir naqueles vôos maravilhosos. E saindo daqui tivemos que fazer 1 escala em Recife e uma conexão em Salvador (não existem voos diretos) e ainda por cima num horário péssimo (diferentemente da TAM, não se pode escolher o voo que você quer e sim nos que eles disponibilizam). Saímos de lá às 5h15 e chegamos em casa às 10h00! Dormi como uma pedra essa tarde e ainda estou cansada, mas o passeio valeu cada minuto!

2 comentários:

Adriana de Albuquerque Mello disse...

Espero conhecer Maceió muito em breve!!! Que bom que vc curtiu! É tão bom viajar, né?

Beijos

Unknown disse...

Muitos exageros, mais a viagem é linda,depois que fui uma vez, não deixo de passar no litoral de Alagoas.

bjs